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Meios de pagamento eletrônicos: como se preparar para atender bem aos seus clientes

Muitos empreendedores buscam uma consultoria empresarial para entender como atrair mais clientes ou melhorar sua operação, de modo a obter mais lucros. Mas, em muitos casos, os processos estão corretos, a empresa está organizada e oferece bom atendimento… Então,  percebe-se que os problemas estão em questões bem mais simples — como não aceitar os meios de pagamento eletrônicos mais usados pelos clientes. 

Não é exagero dizer que tecnologias como o PIX estão causando uma revolução no mercado. O dinheiro físico, “de papel”, é cada vez menos utilizado. E na medida em que mais empresas aceitam todos os tipos de pagamento eletrônico, não aceitá-los é uma das principais formas de perder vendas e afastar seus clientes. 

Por bastante tempo, ter uma loja, supermercado ou posto de gasolina era quase sinônimo de ter uma caixa registradora, onde eram guardadas notas e moedas. Elas continuam existindo, é claro, mas vêm sendo cada vez menos utilizadas com esse fim — sendo substituídas pelos meios de pagamento eletrônicos. Do mesmo modo, nas empresas de serviços, os boletos ou cheques estão dando espaço para as transferências digitais. É um processo irreversível.

Em vista disso, você talvez pense que sua empresa já está adaptada a essa realidade — afinal, tem maquininhas de cartão e até fez uma chave PIX no CNPJ… 

Mas se adaptar à realidade dos pagamentos eletrônicos vai bem além disso, como nós vamos analisar no artigo a seguir. Entendemos que isso tudo pode parecer confuso, especialmente para quem construiu uma carreira no mundo analógico. Mas há dois pontos importantes:

  • Sempre há tempo para se adaptar e quanto antes você começar, melhor;
  • Você não precisa se tornar um expert e pode se adaptar de forma simples.

Pensando nisso, os próximos itens do artigo vão trazer um panorama geral sobre os meios de pagamento eletrônicos no Brasil, as principais tecnologias que você pode adotar na empresa e as novas possibilidades da automação comercial. 

O cenário dos meios de pagamento eletrônicos no Brasil

É fato que o dinheiro “de papel” não deixou de ser utilizado, nem deixará de ser num futuro próximo. Mas seu uso está diminuindo, o que aponta uma tendência clara para os próximos anos e décadas: o dinheiro está se transformando em algo digital.

Segundo informações divulgadas pelo Banco Central do Brasil (BCB), os saques em dinheiro vivo diminuíram R$ 3,0 trilhões em 2019 para 2,1 trilhões em 2021 — número se manteve em 2022. Uma queda de quase um terço em dois anos é bastante, certo? Há 10 anos, em 2013, o valor dos saques somava 4,8 trilhões de reais.

Nesse mesmo espaço de tempo, de 2013 até 2022, as transações em cartões de crédito foram de 0,52 trilhão de reais para 2,04 trilhões — quase quatro vezes mais. Já os cartões de débito são responsáveis por uma parcela menor, mas ainda relevante: 0,98 trilhão de reais. Há ainda os cartões pré-pagos, responsáveis por 0,2 trilhão de reais em transações. 

Dito isso, o principal responsável por essa revolução nos meios de pagamento eletrônicos é o PIX. Lançado no final de 2020, ele dobrou seus valores transacionados de 2021 para 2022: no ano passado, 10,89 trilhões de reais foram transferidos via PIX. E segundo Mayara Yano, do BCB, esse método vai crescer mais 70% em 2023.

Quem utiliza os meios de pagamento eletrônicos?

Análises do Banco Central do Brasil mostram que as transferências (sejam interbancárias ou intrabancárias) continuam sendo muito utilizadas pelas movimentar somas vultosas entre grandes empresas. Foram cerca de 2,2 bilhões de transações que somaram quase 62 trilhões de reais em transferências. Bem mais que o PIX, dinheiro ou cartão, vale observar.

Só que esse valor de 2,2 bilhões já foi muito maior. Eram 3,5 bilhões em 2020. 

Isso porque as transferências estão sendo menos usadas por pessoas comuns. Sendo assim, a revolução trazida pelo PIX e pelos cartões é observada na economia cotidiana, com valores comuns. Foram 24 bilhões de transações com PIX, 16 bi no crédito e 15 bi no débito, chegando aos valores citados anteriormente. Assim, o ticket médio do cartão de crédito, por exemplo, é de R$ 126. Mesmo o PIX tem um ticket médio de R$ 453.

Nesse sentido, o BCB indica que entre os meios de pagamento eletrônicos, o PIX é o que mais conseguiu se disseminar entre a população. Já são 149 milhões de usuários em todo o Brasil, sendo 137 milhões de pessoas físicas. Destes, estima-se que metade não usava outro meio de pagamento eletrônico antes do PIX. 

Em resumo, podemos dizer que:

  • O dinheiro de papel continua sendo utilizado, porém cada vez menos saques.
  • Transferências continuam movimentando valores altos, mas com menos transações.
  • O PIX e os cartões, que crescem ano a ano, preencheram esse espaço, especialmente entre as compras comuns do dia a dia. 

Isso é muito relevante para as empresas que atendem ao público geral, com destaque para os supermercados, lojas e postos de gasolina, que têm grande fluxo de clientes.

Explicando os meios de pagamento eletrônicos

Se você está nesse meio diariamente, talvez ache essa explicação redundante, mas devemos levar em conta que essa transformação digital traz muitas mudanças que podem sim causar confusão em muitas pessoas. Portanto, é válido repassar alguns conceitos.

Cartões de crédito e débito

Esse é o meio de pagamento eletrônico mais conhecido e que está entre nós há mais tempo, desde os anos 1960. Nos anos 2010, esse setor passou por uma revolução, pois cada máquina poderia aceitar várias bandeiras de cartão, aumentando muito a competição no setor. Assim, as maquininhas também se popularizaram para todos os tipos de comércio.

Atualmente, a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) estima que existam 11 milhões de maquininhas de cartão em funcionamento no Brasil. 

Além dos cartões de débito e crédito, esses dispositivos podem ser usados com outros tipos de “plástico”: os cartões private label (emitidos por lojas, supermercados, etc), os co-branded (emitidos por empresas, mas que podem ser usados em outros lugares) e os pré-pagos (que têm uma carga pré-definida, como os vales-refeição e alimentação). 

É importante conhecer essas possibilidades para tomar decisões estratégicas, como aceitar vales-refeição ou alimentação em um supermercado ou vale-refeição na conveniência de um posto. Você pode aumentar suas vendas com uma medida simples como essa.

PIX

Nós já falamos bastante sobre o PIX, mas aqui é importante explicar que ter uma chave não é o suficiente para aceitá-lo em sua empresa. 

O chamado “PIX na maquininha” tem sido cada vez mais usado para tornar os pagamentos mais simples. Com ele, a maquininha de cartão gera o QR code na hora, com todos os dados daquela transação. Assim, a pessoa só precisa escanear o código e confirmar o pagamento — como faria com um cartão de crédito.

E para você que tem dúvidas de como usar o PIX enquanto cliente, saiba que é muito simples acessar o aplicativo do banco e escanear um QR Code com a câmera do celular ou copiar um código de transferência — é simples como usar o WhatsApp. Contudo, em caso de dúvidas, os bancos estão preparados para auxiliar. 

Carteiras digitais

A verdade é que, atualmente, as pessoas podem sair de casa apenas com o celular — sem a carteira. Afinal, existe a possibilidade de guardar todo o seu dinheiro em aplicativos com as chamadas carteiras digitais. São serviços como:

  • Apple Pay, 
  • Google Pay, 
  • PicPay, 
  • PayPal, 
  • PagBank, 
  • Ame Digital 
  • MercadoPago
  • Entre outros…

Esses serviços são usados, principalmente, em pagamentos por aproximação. Então, suas maquininhas precisam ter essa funcionalidade para não perder essa parcela cada vez maior de clientes que saem de casa apenas com o celular.

Para finalizar esse trecho do artigo, precisamos explicar que aqui, na Fazenda Contabilidade, nós buscamos atender a todos os públicos da melhor maneira possível — sejam eles digitais ou analógicos. Sendo assim, disponibilizamos diversas formas de pagamento: boleto, cartões, PIX, entre outras… 

Como se adaptar a essa realidade?

Para finalizar esse artigo, vamos trazer algumas ideias de como se adaptar a esse contexto de meios de pagamento eletrônicos cada vez mais presentes. 

Sendo bastante sinceros, precisamos dizer que o passo mais importante é justamente buscar informações. Ainda que não utilizemos todos esses meios de pagamento como clientes, nós devemos pesquisar sobre eles, caso seja necessário oferecer aos clientes.

A partir disso, é possível procurar tecnologias que atendam a essas necessidades. Vale dizer que elas são bastante acessíveis, hoje em dia

Uma maquininha de cartão boa com aproximação pode fazer transações com débito, crédito, PIX e carteiras digitais. Depois disso, é claro que há possibilidades para evoluir. Tais como:

  • Sistema TEF: Essa é a sigla para transferência eletrônica de fundos, com terminais de pagamento diretamente conectados a um sistema no computador. Assim, você pode aceitar várias bandeiras no mesmo terminal, além de diminuir erros e fraudes, obter maior controle sobre as finanças, entre outros benefícios.
  • Smart POS: são maquininhas de cartão inteligentes, ideais para postos de gasolina e outros locais que não têm um caixa fixo. Elas permitem até instalar aplicativos para fazer vendas e gerenciar o negócio pela maquininha de cartão.
  • Autoatendimento: são terminais com telas sensíveis ao toque onde o próprio cliente escolhe seus produtos ou serviços, visualiza a conta e escolhe o meio de pagamento. Isso traz inúmeras vantagens operacionais, financeiras, além de atrair mais clientes.

Claro que aqui falamos brevemente sobre algumas possibilidades — e cada um dos assuntos tratados aqui poderia ser desdobrado em vários outros artigos. Então, se você possui alguma pergunta sobre os meios de pagamento eletrônicos, mande um comentário para a Fazenda Contabilidade no Instagram ou no LinkedIn. Lá, você também pode acompanhar novidades e dicas diárias sobre contabilidade e consultoria empresarial. 

Aliás, retomando o começo do artigo, se você precisa de uma consultoria empresarial para melhorar os resultados do seu negócio, procure a Fazenda Contabilidade. Nós prestamos consultoria empresarial para inúmeras empresas de sucesso, ao longo de nossos quase 50 anos de história. Clique nos botões de contato e marque uma conversa sem compromisso.

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